Meus textos a respeito:
Dia 25/11/2011, sexta-feira, a partir das 20 h, lançamento da II Coletânea Poética do Guará, no Teatro do Guará (ao lado da Feira Permanente). Estou nessa também.
Participei da Primeira Coletânea Poética do Guará a convite do Didi, através do Projeto GUARARTE. Foi muito bom. Hoje há alguns exemplares dessa coletânea circulando em Portugal, através da Biblioteca Central de Lisboa. Agora está sendo lançada a Segunda Coletânea Poética do Guará, realizada com recursos institucionais, para qual também fui selecionada. Para quem não conhece, esclareço que o Didi é um grande poeta e um grande amigo, que apoia e promove outros poetas com generosidade, e que o Teatro do Guará é um local muito aprazível, ideal para eventos como este.
O lançamento da II Coletânea Poética do Guará, organizada por Adilson Cordeiro, o Didi, convenceu-me que desta vez meu trabalho foi prestigiado como deveria ser. Evento de poesia tem que ser como esse: em local adequado, com programação bem pensada, serviço de som de boa qualidade. O resultado é que o público participa atentamente de cada momento. Poetas mirins se revelaram e surpreenderam os presentes com seu talento. Entre um e outro bloco de poesias, música de boa qualidade interagia com o público. Tão felizes estávamos que, depois de encerrado o evento, ficamos para as fotos e a confraternização no hall do teatro, entre um e outro salgadinho regado a sucos e refrigerantes, sem pressa e com aquele sabor de quero mais.
Segundo reportagem do Correio Brasiliense http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2011/11/10/interna_diversao_arte,277841/principal-evento-literario-de-brasilia-a-30-feira-do-livro-comeca-amanha.shtml , a Feira do Livro não contou com a participação da Secretaria de Cultura do DF. O local alugado pelo Governo é espaçoso, mas de difícil acesso para quem não tem automóvel. Além disso, com telhado de zinco e carpete, o calor é intenso. Fraca é o adjetivo que classifica esta Feira do Livro. Que pena!
Minha família é enorme! São tantos braços e pernas e olhos e vozes e versos e abraços e beijos... Cada um quer falar mais e mais alto, contar suas histórias, zoar com o outro, especialmente quando nos juntamos em torno de uma caixa de fotos antigas:
- Como era feio!
- Nossa, estava magrinha!
- Que roupa mais esquisita!
Família é bom demais!
- Junta aí pra foto! Junta mais...
Não sou a favor do meio ambiente por estar na moda dizer que é bom ou bonito ser ambientalista. Já nasci assim (no interior de Goiás), vivi assim ( no meio de hortas caseiras, colhendo frutos do pé e cuidando de animais), cresci olhando para cima (sol, lua, estrelas) e para baixo (terra, água, adubo). Só me sinto feliz no meio de plantas, pássaros, cachorros, lagartixas... Mato baratas e formigas dentro de casa (com pena), tenho nojo de ratos e morro de medo de mães-corujas em vigília aos seus ninhos. Acho lindo ver um sapo saltando, uma cobra rastejando, um porco roncando, uma vaca mugindo. Sou apaixonada pelo tamanduá-bandeira e pelo lobo-guará (choro por eles quando o cerrado pega fogo). Agora mesmo plantei girassóis ao redor da minha horta. Vocês vão ver como tudo vai ficar lindo antes do Natal. Amo as minhas stévias, sálvias, melissas, cavalinhas, capuchinhas... o meu jambu, bálsamo, alecrim.
Na foto - melão de são caetano gigante que tem atraído muitas pessoas a procura de suas sementes.
Marcos Fayad é ator e (talvez) produtor de teatro. Minha relação de parentesco com ele deve-se ao fato de sua mãe ser prima da minha mãe e de terem sido muito amigas. Ambas se foram há muitos anos. Encontrei-o no Facebook a pouco tempo e adicionei-o como amigo. Mas... infelizmente não deu certo. Antes que eu o excluísse, ele providenciou o meu bloqueio ao seu perfil. Abaixo estão os diálogos que ele manteve abertos ao público, sem que eu tenha acesso às minhas postagens para deletá-las:
04/10/2011
Lendo jornais e revistas, viajando com espetáculos, conversando com pessoas percebo que ninguém sabe NADA de Goiás. Abaixo do Piauí. O que projeta um Estado é sua cultura vibrante, não politiquinhos mequetrefes e carreiristas ou jornalecos q/ repetem notícias requentadas de ontem que até o UOL publica com dois dias de antecedência... Pro Brasil somos uns anônimos. Tb pudera!
Dê uma passada de olhos nos quadros políticos/sociais/culturais...só provincianos que falam pros seus próprios umbigos...e ainda acham Miami o máximo!!!!
Parte superior do formulário
Não sou goiana por acaso.
Sou poeta.
Sou da terra de Bernardo Élis.
Sou da terra de Mendonça Teles.
Vim lá de Atenas de Goiás, vim do brejo,
Da beira do Rio São Marcos,
Que põe na algibeira o Tejo.
Cardei sob a jabuticabeira
Mais formosa de Hidrolândia;
Tomei dois dedos de pinga,
E a pluma fui fiar na represa
do “corgo” Pirapitinga.
Não sou goiana por acaso.
Sou poeta.
Sou da terra de Coelho Vaz.
Sou da terra de Mendonça Teles.
Nasci no “Santuário da Serra Dourada”.
Sou “pungente”.
Dou “uma galinha para não entrar numa briga”
e “um nerole para” dela não sair.
Mas não gosto de intriga,
Nem conto vantagem.
Fui cordata com Minas Gerais,
Generosa com Tocantins;
Com Brasília, fui dadivosa.
Não sou goiana por acaso
Sou poeta.
Sou da terra de Bira Galli.
Sou da terra de Mendonça Teles.
Sou das margens do Tocantins.
Sou das margens do Araguaia,
Onde sento na areia da praia
E penso em como a vida era
Nos tempos de Anhanguera.
Não sou goiana por acaso.
Sou poeta.
Sou da terra de Júlio Pinto de Melo
Sou da terra de Mendonça Teles,
Que orgulhoso ergue nossa bandeira
E versa em elegante caçoado
Do “passopreto” à “botina ringedeira,”
Da metrópole ao povoado,
Com parada em “Colibris”
De João Felício, o profeta.
Não sou goiana por acaso.
Sou poeta.
Sou da terra de Cornélio Ramos.
Sou da terra dos Mendonça Teles.
Carrego “uma tristeza telúrica
num coração aberto de sorrisos.”
“Quero te amar mas”...
Confesso meus medos.
“Tenho sentimentos
espetados nos dedos”.
(*) poesia adaptada: declamada em Goiânia no evento em comemorativo dos 40 anos de literatura do escritor José de Mendonça Teles.
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